O Brasil dos últimos anos vive uma verdadeira revolução na área da saúde. Atrasados mais de 40 anos, há cerca de 10 anos iniciamos nossos processos de acreditação hospitalar graças a um grupo de pioneiros que fundaram a ONA (Organização Nacional de Acreditação).
Do universo de 6.498 hospitais brasileiros, porém, apenas 79 (1,2%) tem algum nível de acreditação pela ONA e mais uns poucos outros tem acreditações por outras acreditadoras nacionais e internacionais. Isso mostra que estamos muito longe de imaginar que a qualidade e a acreditação hospitalar sejam uma realidade nacional.
Esse é um fato curioso e assustador. Curioso porque existe uma sensação e exigência da sociedade para que os serviços de assistência médica hospitalar sejam seguros e de qualidade; essa mesma sociedade mantém alto grau de confiança nos médicos. Assustador porque serviços de assistência médica-hospitalar estão longe de oferecer a qualidade e a segurança pretendida.
Implementar programas de qualidade em serviços de saúde requer investimento, requer comprometimento da alta direção e dos funcionários e requer fundamentalmente uma quebra radical nos paradigmas que nortearam essa atividade até o final do último século.
O modo de pensar assistência à saúde precisa mudar radicalmente, não tenho dúvidas de que um dos grandes ralos por onde escorrem milhões de Reais são as complicações secundárias ao tratamento médico.
Mas vamos falar disso mais tarde...
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